O surgimento da internet é uma das maiores revoluções no modo de produzir e interagir da humanidade, e, provavelmente, o evento que mais gerou transformações em um curtíssimo período de tempo. Com um pouco mais de 5 décadas desde sua criação, a tecnologia evoluiu tão rapidamente, que substituímos computadores do tamanho de salas inteiras, que demoravam dias para processar um documento simples, por celulares que enviam mensagens multimídia instantaneamente para outros dispositivos em qualquer lugar do mundo.
Com a pandemia a internet tornou-se ainda mais necessária e acessada. Já imaginou como teria sido ainda mais difícil passar por esse período de isolamento sem todos os serviços digitais, vídeo chamadas, jogos, aplicativos de conversas instantâneas e de entrega?
O espaço virtual é um mundo de oportunidades e ferramentas de aprendizado que conectam conhecimentos globais e aproxima pessoas. Mas, com grandes poderes, vem grandes responsabilidades. Essa maravilha tecnológica pode se tornar extremamente perigosa, ser palco de pessoas mal-intencionadas, conteúdos inapropriados, discurso de ódio, golpes, vazamentos de dados e uma infinidade de outros problemas.
Além do ataque de fraudadores, outro eixo da segurança de dados é a questão da vigilância e privacidade dos usuários da rede que estão sob o controle do Estado. No Brasil, em parceria com cinco operadoras de telefonia, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), tem acesso a dados de geolocalização de celulares para monitorar os deslocamentos da população desde abril de 2020 e não há garantias de que os dados serão mantidos em anonimato, ou não serão utilizados para outros fins, uma vez que os brasileiros estão “órfãos” de proteção legislativa em torno destas tecnologias. O exemplo expressivo mais recente foi o vazamento de 223 milhões de CPFs, 40 milhões de CNPJs e 104 milhões de registros de veículos de brasileiros, cuja origem ainda é desconhecida.
Pensando nas diversas questões que envolvem a segurança digital, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) criou o PORTAL INTERNET SEGURA (https://internetsegura.br/) e a plataforma CIDADÃO NA REDE (https://cidadaonarede.nic.br/pt/), que reúnem dicas de segurança e conscientização sobre o uso responsável do espaço virtual. Todas as recomendações podem ser acessadas por meio da cartilha disponibilizada no portal. (https://internetsegura.br/pdf/guia-internet-segura.pdf).
Para ajudá-lo a ter uma navegação mais segura pela rede, nós selecionamos alguns tópicos com dicas SIMPLES e fáceis de seguir. Confira nossa lista:
Não envie informações sem verificar a real identidade do destinatário
Utilize verificação em duas etapas sempre que o app oferecer essa opção.
Tenha antivírus, antispyware e firewall instalados e atualizados em seus dispositivos.
Antes de realizar uma compra online, verifique a opinião de outros clientes sobre a empresa e o produto
Não utilize a mesma senha para várias plataformas ou serviços
Sempre preste atenção no endereço do site no qual está navegando, verifique se o site apresenta um ícone de cadeado fechado na barra do navegador. Nomes de sites (URLs) parecidos com os originais são frequentemente usados para golpes
Não preencha formulários enviados por whatsapp, ou por redes sociais. Sempre que uma empresa solicitar seus dados, informe-os apenas nos canais oficiais da empresa
Evite utilizar como senha dados pessoais que possam ser obtidos em redes sociais e páginas Web, assim como sequências numéricas, nomes de pessoas conhecidas ou personagens de filmes
Leia (mesmo que rapidamente) os Termos de Privacidade dos sites e aplicativos, além disso, ao contratar um serviço online, leia o contrato e sane suas dúvidas com a empresa antes de realizar a compra
Verifique se a empresa disponibiliza os dados completos em seu site e procure informações sobre o endereço, número de CNPJ, telefones e e-mails de contato
Desconfie de promoções mirabolantes em que você recebe uma vantagem excessiva
Mantenha seu sistema operacional, seus programas e aplicativos atualizados.
Não clique em links enviados por desconhecidos, ou promoções de empresas que você não conhece a procedência
Se você usa aplicativo do seu banco, gere um CARTÃO DE CRÉDITO DIGITAL para realizar cada compra, e desabilite-o logo após
Só instale aplicativos disponíveis nos serviços de distribuição digital de aplicativos oficiais, como o App Store e Google Play Store
